sexta-feira, 1 de junho de 2007

Resgata a criança que há em ti



Ainda sabes o que é (NÃO) ser adulto?

Ainda resgatas a criança que há em ti, de vez em quando? Ou mantêns a tua postura madura e responsável todos os dias e a todas as horas?

Resgatar a criança que há em nós é sonhar acordado, fantasiar com mundos diferentes, brincar com quem gostamos, pregar uma partida, correr atrás do autocarro e depois de o perder soltar uma grande gargalhada, é brindar nas horas certas a momentos especiais, é apreciar a paisagem que nos rodeia enquanto estamos numa fila de trânsito.
É brincar com as crianças que (ainda) não são adultos, é lembrarmo-nos da criança que um dia fomos e perceber o que dela guardámos connosco.
É correr na praia, rebolar na areia, saltar de para-quedas (ui este não me apanham), andar de bicicleta, comer um gelado e ficar td sujo, é passear no campo e apanhar flores, respirar fundo e sentir os pulmões cheios de ar.

Ser criança é sermos expontâneos sem ter medo do que os outros possam pensar, é sermos nós próprios sem que a moral nos esteja sempre a dar ordens para parar ou moderar o comportamento.

Damos liberdade à criança que há em nós quando estamos perto de quem nos sentimos bem, quando há intimidade, amizade, amor. Quando as defesas caem e somos mais nós próprios.

Liberta tu também a criança que há em ti sempre que te apetecer ser mais TU!

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Para pensar...

Um post da Lu fez-me pensar num conceito interessante... O conceito de "resiliência".

E então socorri-me de um artigo da Análise Psicológica para ler um pouco sobre o assunto... E descobri coisas de que não tinha conhecimento... Como por exemplo, fala-se em "resiliência individual" e em "resiliência familiar". E achei este último conceito também muito interessante...

Vejamos...

Demos (1989, cit. Por Gonçalves, 2003) “define a resiliência familiar como um conjunto de características que incluem a capacidade da família ter um funcionamento flexível e uma função de contenção dos problemas, sem os deixar invadir outros domínios do funcionamento familiar ou interferir no funcionamento da criança” (p. 24).

Quanto à resiliência individual, segundo Gonçalves (2003), “a capacidade duma criança dar respostas adaptadas face à adversidade, sem que esta interfira no seu desenvolvimento, ou seja a resiliência individual não é um factor inato, estático. É um conceito evolutivo e interactivo, que depende em grande parte da qualidade das relações pais-crianças” (p. 24).

Depois fiz uma pesquisa sobre "resiliência" no google e apareceram muitos sites com informação... Desde livros, a conferências sobre o tema (uma no ISPA), a cursos sobre o tema, a uma formação com o tema "Intervenção Sistémica em Contextos Minoritários" (do ACIME) que incluia um módulo sobre resiliência familiar, a artigos científicos, e outros menos...

Bem, mas o conceito de resiliência que veio da Física, encontra-se já associado aos sistemas WEB, ao mundo dos negócios, à cultura, à comunicação, às organizações, etc.

Mais um conceito na moda? Talvez...

Ainda assim, enquanto psicólogas (ou futuras...), a "resiliência individual", bem como a "resiliência familiar" são conceitos a ter presentes, que podem ajudar a compreender tanto as crianças (as pessoas, em geral) que superam traumas graves de forma inexplicável, como as crianças (as pessoas, em geral) que não os ultrapassam...

Se vos interessar o tema...

Cyrulnik, B. (2003) Resiliência: Essa Inaudita Capacidade de Construção Humana. Lisboa: Edições Piaget.

Gonçalves, M. J. (2003). Aumentar a resiliência das crianças vítimas de violência. Análise Psicológica, 1, 23-30.

Melillo, A. (2005). Resiliência: Descobrindo as Próprias Fortalezas. Porto Alegre: Artmed.

Complicado mais complicado, não há!

Lurdes:

Sim, tenho mais complicado do que isso... preparada?

vendo de novo o desenhor carinhoso que a Andreia aqui pôs ontem...

Lembrei-me no outro dia que, quando fiz o estágio com os velhotes no Centro Comunitário, uma delas -- à mesa (!) -- disse para outra, com intenções pouco cristãs : "Tu querias era que te regassem a florzinha!"

Somos ou não somos bichos (sempre é melhor do que bichas!) complicados, que até desencantamos significados inocentes e pouco óbvios para "regarmos a nossa florzinha"?

Ah, mon Dieu de la France, donnez moi de la pacience...

terça-feira, 29 de maio de 2007

Cara Pipioca:

Sim, miúda, eu sei que não tens relações escaranfuchadas com mais ninguém.

E gostei muito do termo, e aplica-se, sobretudo a mim, bem sei... :)

Gosto de escaranfuchar... Qual bicho da madeira!

Pior, até me orgulho disso! (Vá lá a gente entender esta mulher!)

Bom, mas às vezes é preciso escaranfuchar... - declaro.

Quando são precisas respostas para acontecimentos/comportamentos/seja o que for, que não se entendem, se calhar por serem tão diferentes dos nossos (meus, neste caso)... - justifico eu.

Porque a falta de tempo soa-me sempre a desculpa esfarrapada e estou a ser franca, por um lado, e a generalizar por outro, porque não estou a falar só para ti, mas para o mundo. - desabafo.

É assim o meu protesto para todo o mundo:

- Não gosto nada desta coisa da falta de tempo!

Porque a falta de tempo só é desculpa para algumas coisas... Há tempo para umas coisas e para outras não há... Sabemos disso. E às vezes não gosto de me incluir nas coisas para as quais não há tempo, na vida de algumas pessoas significativas... Como tu, minha querida Pipioca. E isto é humano...

Pronto, e lá estou eu a dizer coisas duras com a tranquilidade de uma chávena de chá como alguém significativo (Lu) me disse... Mas sei que gostas da minha franqueza, (dos meus "tomates" - como tu dizes - tão fofinha! foi dos melhores elogios que me fizeram, e sabes que não estou a ser irónica :) ).

Somos muito diferentes, todas... E a diferença é um desafio (sem dúvida alguma... mas é riqueza... e conflitos cognitivos, pela certa... e logo, crescimento! que bom!!!), portanto, tenho de aprender, aliás, temos, em geral - eu a defender-me - de aprender a lidar com as nossas diferenças, também de entrega, também de não querer escaranfuchar e querer só (e não digo que é pouco) passar bons tempos, pielas, ou lá o que for...

O problema é que às vezes preciso de compreender o que se passa, para depois me rir com a piela, em vez de (ter motivos para) chorar...

Topas, miúda? ;)

Bom, e não estou a fazer drama nem a teorizar, estou só a falar (é bom poder falar abertamente) de coisas sérias, porque as amizades são coisas muito sérias, mesmo que tenham muita macacada, muita palhaçada pelo meio... Não é? :)

Um beijo grande para ti e para todas...

"Como farei sem ti?"

Aprovada

A minha candidatura de projecto de Serviço de Voluntariado Europeu (EVS) foi aprovada pela Agência Nacional Húngara, a entidade responsável por ditar quem vai e quem fica.

Eu vou... (?).

São as primeiras a quem digo isto. Dizendo-vos, digo-mo a mim.

(Ainda em choque)

segunda-feira, 28 de maio de 2007

U-R-G-E-N-T-E!

Depois deste meu último post, fiquei com muiiitttasss saudades! u-r-g-e-nt-t-e: matar estas saudades o quanto antes!

E que tal este fim-de-semana estarmos juntas? (se tivesse a casa livre, lá me punha eu de avental e aviava um pirex no forno. Ouviste, Nessita? Comida feita no forno... Mas não estou sozinha! azarito.)

Café, esplanada?

Beijito, até breve

P.S.: já viram que temos um blog cada mais "saboroso"?

Diferentes compreensões!

Andreia e todas as amigas:

Não tenho a compreensão (mais do que racional ou teórica, é emocional e afectiva) que a Andreia partilhou num comentário a um comentário meu do seu último post, da nossa relação. Entre nós as duas, e entre mim e cada uma de nós, "as amigas do ISPA".

Seria previsível que com os horários desencontrados, lugares de rotina já não partilhados, nos víssemos menos vezes. Isso não quer dizer que não pense em vocês, não queira saber de vocês e das vossas vidinhas, não me lembre no dia-a-dia de vocês, por acasos e propósitos.

Não me agrada quando não me posso encontrar convosco, seja por eu, ou alguém, desmarcar.

Não é concerteza o local indicado para partilhar este desabafo -- porque me falta a linguagem não-verbal, o calor que emanamos às outras -- mas a mim, que não tenho estado presente fisicamente nos últimos encontros (tenho isso consciente), parece-me que andamos todas a teorizar muito... Eu não tenho este tipo de relação tão escarafunchada com mais nenhum amigo, e sinto que também não o preciso, ou que o contrário seja sinal de superficialidade ou desleixe.

Não sei... como o risco de tudo isto ser mal-interpretado, mas, da minha parte, estamos todas é a precisar de apanhar uma g´anda piela juntas e gozar com a que estiver mais bêbada! (Ai, o aniv. da Cristina foi tão prolífero nesta área do trágico-cómico...).

UM beijito GGRRRAAAANDE a todas.

Sara.

Brinde (mos)


Um brinde ao nosso blog e à dinâmica que (quase) todas nós lhe temos atribuído. Assim vamos mantendo alguma chama acesa e sabendo umas das outras! Estou a adorar a experiência de trocar coisas interessantes, engraçadas, giras ou sei lá mais o quê, com todas vós.

Beijinho