sábado, 14 de abril de 2007

Ainda há muito a percorrer...

Mas é graças à forma como pessoas como tu trabalham (Lu) que estamos no bom caminho.

Mesmo que só vejas inércia e caos à tua volta, não dá para desistir...

Lembra-te da teoria da entropia e daquele meu mail louco... :) Esta é uma piada nossa.


Há que respirar fundo, encontrar novas forças e insistir quantas vezes for preciso na pergunta (a título de exemplo):

- Então e quais foram as notas dos putos, afinal?

Um dia vão lá ver as notas... e com os putos!

Havia uma professora de Educação Física de que eu gostava muito, no Secundário. Nós queríamos frutas à venda no bar e ela disse-nos:

- Eu também queria fruta no bar dos professores, então todos os dias perguntava à senhora do bar se tinha uma maçã.

E um dia a fruta apareceu...


Andreia

Frutas, clubes de direitos humanos, que raio de adolescente fui eu???

sexta-feira, 13 de abril de 2007

A procura de um poema para a contra-capa do relatório...

O país sem mal

Um etnólogo diz ter encontrado
Entre selvas e rios depois de longa busca
Uma tribo de índios errantes
Exaustos exauridos semimortos
Pois tinham partido desde há longos anos
Percorrendo florestas desertos e campinas
Subindo e descendo montanhas e colinas
Atravessando rios
Em busca do país sem mal –
Como os revolucionários do meu tempo
Nada tinham encontrado (Sophia)

Só para vos dizer que ontem perderam...

- um bolo de chocolade delicioso (um dia ainda me torno empregada do Pois.Café só para aprender a fazer aquele bolo...)

- uma limonada austríaca muito saborosa, embora o seu bom sabor não se devesse à quantidade de limão (também não deve haver lá muitos limões na Aústria... E menos ainda limões austríacos em Portugal...)


- um sumo de laranja e uns ovos mexidos que a Lu vos poderá dizer como estavam, mas os últimos tinham cebolinho fresco, isso eu topei!

- uma bela conversa sobre nós, vós, os estágios, e problemáticas do quotidiano: a univ. independente, as casas de acolhimento, escolas, terapias...

- muitas gargalhadas à pala dos nossos meninos (umas de alegria, outras de nervosismo e revolta pelo estado das coisas)

- a nossa companhia!

- o belo, agradável e intercultural, ambiente do Pois.Café

- etc.


E quando não há muito a dizer, ou a escrever, arranja-se...

A aguardar notícias das ausentes no cafézinho...



Andreia

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Um dia de estágio muito risonho!

11 de Abril de 2007

Durante as actividades, numa sessão de estágio “normal”…


– Eu não como bananas porque não sou macaco! – exclama a Rita*.
– Ai sim? Então e porquê? – questiono-a eu.
– Porque eu vi num livro um macaco pequeno, depois via-se um macaco grande, depois um homem pequeno e depois um homem grande. – explica a Rita – Era um livro do corpo humano. – acrescenta.
– Então e tens medo de te transformar em macaco por causa disso? – pergunto-lhe eu.
– Pois!

(…)

– O lápis está a fugir! É fugitivo!!!

(…)

– Rita, não inventes!
– Não invente, vá ao Continente!

(…)

– Se nós trocarmos de lápis é boa ideia, não é? [A Rita a tentar sacar-me a lapiseira…]

(…)

– Posso perguntar-te uma coisa? – pergunta-me a Rita no meio de uma actividade.
– Claro! Diz lá.
– Porque é que estavam aqueles macacos no livro? – questiona a Rita, intrigada.
– Ah! Vou explicar-te… Sabes que a Terra, o nosso planeta, existe há muito tempo, não é? [eu armada em esperta!]
– Sim!!! Desde Jesus!!! [e esta, hen?]
Eu desato a rir-me… E a Rita adverte-me, muito séria:
– Olha uma coisa… Tu tens de aprender a não rir quando os outros falam!!! [
Bai buscar!!!]

(…)

– Agora vais ficar aí quietinha e caladinha, que eu vou ler em silêncio e depois para ti. [uma das actividades que fazemos sempre…]
E eu a rir-me, claro…
– A partir de agora! Quietinha!!!


*Nome fictício. Menina de 7 anos.


Quis partilhar um dos momentos mais divertidos do meu estágio...

Andreia

Que tal irmos ver uma valiosa exposição?


“Cartier 1899-1949 O Percurso de um estilo”

A exposição reúne um conjunto excepcional de 230 jóias, relógios e objectos pertencentes à Colecção Cartier, bem como algumas das aquisições de Calouste Gulbenkian, pertencentes à Fundação.
São ainda expostos desenhos originais - alguns dos quais associados ao coleccionador -, moldagens e diversa documentação.
A mostra estará patente de 15/02/2007 a 29/04/2007 na Sala de Exposições Temporárias do Museu Gulbenkian.
Marta

terça-feira, 10 de abril de 2007

Amizade servida em chávenas de chá!!!

Tinha que vir aqui, apresentar o meu primeiro “carimbo” no blog.
Vou ser franca, não estou muito modernizada nestas formas de comunicação e faz-me impressão que as nossas fotos e os nossos comentários estejam “aos olhos” de todos. Percebo a ideia e até simpatizo com ela, afinal é uma maneira (actual/moderna) de manifestar, expor, expressar o que se pretende.
Mais uma vez, sinto orgulho na nossa amizade e nas nossas diferenças. É devido a estas ideias (muitas e diversificadas), que vamos tendo maneiras sortidas de mostrar a nossa amizade!
Gosto muito da percepção de Dotterweich que diz que amizade é de todas as cores e formas. Este pensamento encaixa na perfeição no nosso grupo do chá que todos os dias/semanas/meses se manifesta nas cores existentes no arco-íris (estando nós tristes, zangadas, alegres, felizes, …) e em todos os formatos geométricos (se os nossos encontros são feitos a 2, 3, 4, 5 ou 6).
Neste blog registarei apenas o que não me importo que seja lido por todos e, ao ouvido ou por cada chávena de chá, direi o que é tão meu (nosso) …
Para terminar faço uma sugestão de leitura, “O visconde cortado ao meio” do Italo Calvino, para pensarem na dialéctica bom/ mau e como é possível estas características tornarem-se tão desumanas.

Um beijo diferente na forma e feitio para cada uma
Nessinha

domingo, 8 de abril de 2007

Às vezes não vos apetece abraçar o mundo?


AQUELE ABRAÇO
Gilberto Gil, 1969

O Rio de Janeiro continua lindo
O Rio de Janeiro continua sendo
O Rio de Janeiro, Fevereiro e Março
Alô, alô, Realengo - aquele abraço!
Alo, torcida do Flamengo - aquele abraço!
Chacrinha continua balançando a pança
E buzinando a moça e comandando a massa
E continua dando as ordens no terreiro
Alô, alô, seu Chacrinha - velho guerreiro
Alô, alô, Terezinha, Rio de Janeiro
Alô, alô, seu Chacrinha - velho palhaço
Alô, alô, Terezinha - aquele abraço!
Alo, moça da favela - aquele abraço!
Todo mundo da Portela - aquele abraço!
Todo mês de Fevereiro - aquele passo!
Alô, Banda de Ipanema - aquele abraço!
Meu caminho pelo mundo eu mesmo traço
A Bahia ja me deu régua e compasso
Quem sabe de mim sou eu - aquele abraço!
Pra você que meu esqueceu - aquele abraço!
Alô, Rio de Janeiro - aquele abraço!
Todo o povo brasileiro - aquele abraço!
(samba cantado pela Elis Regina)

Às vezes apetece-me abraçar o mundo... :)
Acho que a Elis abraçava o mundo...
Por isso gosto tanto das músicas que ela cantava (e da forma como as cantava)...
Gosto desta, em particular!
Um abraço a cada uma de vós...


Andreia